sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Guerra Fria: das revoltas jovens até a crise de Teerã

                O ano de 1968 ficou marcado na História por vários movimentos sociais importantes ocorreram no Brasil e no mundo, foi o ano movimentado e enigmático do nosso século. Ninguém o previu e muito poucos os que dele participaram entenderam afinal o que ocorreu. A década de 60 foi uma década de grande movimentação, onde jovens participaram de forma intensa de acontecimentos nunca vistos. Lutavam por mudanças políticas e culturais. Contestaram o sistema, e a buscaram a libertação contra a repressão e alienação, eram seus ideais.
             Jovens de todas as partes do mundo, tanto do primeiro ou terceiro mundo, criticavam não somente o capitalismo como também a URSS e falta de democracia que lá havia.  Fatores geopolíticos como a guerra fria e a descolonização da Ásia e da África; fatores socioeconômicos como o enorme avanço da economia mundial no pós-Segunda Guerra Mundial. E a ascensão das novas classes médias; e fatores político-culturais, como as transformações nas universidades, os novos radicalismos e a contracultura.

         No Brasil a onda mundial de revoltas se deu principalmente nos espaço dos movimentos estudantis juvenis. Em 1968, os estudantes universitários em sua maioria de classe média protestavam contra a opressão da ditadura militar instaurada no ano 1964, palco dessas manifestações foram os grandes centros urbanos (São Paulo e Rio de Janeiro), como também nas regiões interioranas.
           A juventude brasileira não somente contestavam o sistema político, como também se tornaram agentes de um movimento contra cultural, que ansiavam pela libertação dos comportamentos e dos valores, no campo da arte, da sexualidade e das drogas.
Estudante Edson Luís, assassinado pela polícia 

            Na América Latina, os jovens protestavam contra os governos ditatoriais, contra a falta de democracia devido à instalação de regimes militares. No Brasil, o quarto ano de governo militar foi marcado pelo aumento dos movimentos de protesto. Muitos políticos tradicionais, líderes partidários e sindicais estavam presos ou exilados. Um dos momentos mais marcantes da história de 68 foi o assassinato do estudante Edson Luís pela polícia, quando participava de um protesto no Rio de Janeiro, no restaurante Calabouço. 
            Edson Luís de Lima Souto (Belém, 24 de fevereiro de 1950 — Rio de Janeiro, 28 de março de 1968) foi um estudante secundarista brasileiro assassinado por policiais militares, durante um confronto no restaurante Calabouço, centro do Rio de Janeiro. Seu assassinato marcou o início de um ano turbulento de intensas mobilizações contra o regime militar que endureceu até decretar o chamado AI-5. 
              Nascido em uma família pobre, iniciou os estudos na Escola Estadual Augusto Meira em Belém, no Pará. Mudou-se para o Rio de Janeiro para fazer o segundo grau no Instituto Cooperativo de Ensino, que funcionava no restaurante Calabouço.  No dia seguinte a sua morte, o enterro foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas, transformando-se na maior manifestação contra a ditadura militar.  
               Na manhã de 4 de abril foi realizada um missa na Igreja da Candelária em memória de Edson. Após o término da missa, as pessoas que deixavam a igreja foram cercadas e atacadas pela cavalaria da Polícia militar com golpes de sabre. Dezenas de pessoas ficaram feridas.  Outra missa seria realizada na noite do mesmo dia. O governo militar proibiu a realização dessa missa, mas o vigário-geral do Rio de Janeiro, D. Castro Pinto, insistiu em realizá-la. A missa foi celebrada com cerca de 600 pessoas. 
            Temendo que o mesmo massacre da manhã se repetisse, os padres pediram que ninguém saísse da igreja. Do lado de fora havia três fileiras de soldados a cavalo com os sabres desembainhados, mais atrás estava o Corpo de Fuzileiros Navais e vários agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). 
          Num ato de coragem, os clérigos saíram na frente de mãos dadas, fazendo um "corredor" da porta da igreja até a Avenida Rio Branco para que todos os que estavam na igreja pudessem sair com segurança. Apesar desse ato, a cavalaria aguardou que todos saíssem e os encurralaram nas ruas da Candelária. Novamente o saldo foi de dezenas de pessoas feridas. 
              Mais cabe ser ressaltado que no fim as forças reacionárias de cada país calaram o sonho da juventude de todo o mundo, no fim pouca coisa mudou, mas cabe aqui destacar a importância dos movimentos de 68. Destacamos aqui as novas ideias sobre o direito das mulheres, a repreensão sexual, música, moda e natureza, são transformações substanciais frutos desse período.

Referências
Disponível em: <http://compartilharhistoria.blogspot.com.br/2014/02/guerra-fria-e-as-revoltas-jovens-da_23.html>. Acessado em 18 Fev 2014.
.Disponível em: <http://historycontemporain.blogspot.com.br/2014/01/guerra-fria-e-as-revoltas-jovens.html>. Acessado em 18 Fev 2014.

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