sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Neoliberalismos, neoconservadorismos e a década perdida na América Latina

        O tema desta semana é a Neoliberalismos, neoconservadorismos e a década perdida na América Latina, e convidamos você leitor a embarcar conosco nessa leitura sobre essa temática. 
         Podemos dizer que o neoliberalismo é como um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade. Para alguns a não-interversão do estado, garante o crescimento econômico e o desenvolvimento de um povo. O neoliberalismo tem como característica a pouca intervenção do governo no setor de trabalho, política de privatização de empresas estatais, livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização.

         A década perdida é uma referência à estagnação econômica vivida pela América Latina durante a década de 1980, quando se verificou uma forte retração da produção industrial e um menor crescimento da economia como um todo.
         Para a maioria dos países, a década de 80 é sinônimo de crises econômicas, volatilidade de mercados, problemas de solvência externa e baixo crescimento do PIB ou no caso do Brasil houve inclusive queda. No Brasil, a década de 80 trouxe o final do ciclo de expansão vivido nos anos 70.
     Possui por características grande desemprego, estagnação da economia e índices de inflação extremamente elevadas. Houve também, na década perdida, perda do poder de consumo da população. Na década perdida há um aumento da dívida externa fazendo que aumente o déficit fiscal.

      

           Neoconservadorismo é um pensamento da filosofia política que surgiu nos Estados Unidos a partir da rejeição do liberalismo social, relativismo moral e da contracultura da Nova Esquerda dos anos sessenta. Podemos compreender por neoconservadores que são pensadores intelectuais. Os neoconservadores vivem, assim, em constante sobressalto, dando prioridade a construção de um poderio militar capaz de vencer qualquer inimigo.
 Referências
Disponível em: <http://historycontemporain.blogspot.com.br/>. Acessado em 24 Fev 2014.
Disponível em:<http://contemporaneosunifap.blogspot.com.br/>. Acessado em 24 Fev 2014.

Guerra Fria: das revoltas jovens até a crise de Teerã

                O ano de 1968 ficou marcado na História por vários movimentos sociais importantes ocorreram no Brasil e no mundo, foi o ano movimentado e enigmático do nosso século. Ninguém o previu e muito poucos os que dele participaram entenderam afinal o que ocorreu. A década de 60 foi uma década de grande movimentação, onde jovens participaram de forma intensa de acontecimentos nunca vistos. Lutavam por mudanças políticas e culturais. Contestaram o sistema, e a buscaram a libertação contra a repressão e alienação, eram seus ideais.
             Jovens de todas as partes do mundo, tanto do primeiro ou terceiro mundo, criticavam não somente o capitalismo como também a URSS e falta de democracia que lá havia.  Fatores geopolíticos como a guerra fria e a descolonização da Ásia e da África; fatores socioeconômicos como o enorme avanço da economia mundial no pós-Segunda Guerra Mundial. E a ascensão das novas classes médias; e fatores político-culturais, como as transformações nas universidades, os novos radicalismos e a contracultura.

         No Brasil a onda mundial de revoltas se deu principalmente nos espaço dos movimentos estudantis juvenis. Em 1968, os estudantes universitários em sua maioria de classe média protestavam contra a opressão da ditadura militar instaurada no ano 1964, palco dessas manifestações foram os grandes centros urbanos (São Paulo e Rio de Janeiro), como também nas regiões interioranas.
           A juventude brasileira não somente contestavam o sistema político, como também se tornaram agentes de um movimento contra cultural, que ansiavam pela libertação dos comportamentos e dos valores, no campo da arte, da sexualidade e das drogas.
Estudante Edson Luís, assassinado pela polícia 

            Na América Latina, os jovens protestavam contra os governos ditatoriais, contra a falta de democracia devido à instalação de regimes militares. No Brasil, o quarto ano de governo militar foi marcado pelo aumento dos movimentos de protesto. Muitos políticos tradicionais, líderes partidários e sindicais estavam presos ou exilados. Um dos momentos mais marcantes da história de 68 foi o assassinato do estudante Edson Luís pela polícia, quando participava de um protesto no Rio de Janeiro, no restaurante Calabouço. 
            Edson Luís de Lima Souto (Belém, 24 de fevereiro de 1950 — Rio de Janeiro, 28 de março de 1968) foi um estudante secundarista brasileiro assassinado por policiais militares, durante um confronto no restaurante Calabouço, centro do Rio de Janeiro. Seu assassinato marcou o início de um ano turbulento de intensas mobilizações contra o regime militar que endureceu até decretar o chamado AI-5. 
              Nascido em uma família pobre, iniciou os estudos na Escola Estadual Augusto Meira em Belém, no Pará. Mudou-se para o Rio de Janeiro para fazer o segundo grau no Instituto Cooperativo de Ensino, que funcionava no restaurante Calabouço.  No dia seguinte a sua morte, o enterro foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas, transformando-se na maior manifestação contra a ditadura militar.  
               Na manhã de 4 de abril foi realizada um missa na Igreja da Candelária em memória de Edson. Após o término da missa, as pessoas que deixavam a igreja foram cercadas e atacadas pela cavalaria da Polícia militar com golpes de sabre. Dezenas de pessoas ficaram feridas.  Outra missa seria realizada na noite do mesmo dia. O governo militar proibiu a realização dessa missa, mas o vigário-geral do Rio de Janeiro, D. Castro Pinto, insistiu em realizá-la. A missa foi celebrada com cerca de 600 pessoas. 
            Temendo que o mesmo massacre da manhã se repetisse, os padres pediram que ninguém saísse da igreja. Do lado de fora havia três fileiras de soldados a cavalo com os sabres desembainhados, mais atrás estava o Corpo de Fuzileiros Navais e vários agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). 
          Num ato de coragem, os clérigos saíram na frente de mãos dadas, fazendo um "corredor" da porta da igreja até a Avenida Rio Branco para que todos os que estavam na igreja pudessem sair com segurança. Apesar desse ato, a cavalaria aguardou que todos saíssem e os encurralaram nas ruas da Candelária. Novamente o saldo foi de dezenas de pessoas feridas. 
              Mais cabe ser ressaltado que no fim as forças reacionárias de cada país calaram o sonho da juventude de todo o mundo, no fim pouca coisa mudou, mas cabe aqui destacar a importância dos movimentos de 68. Destacamos aqui as novas ideias sobre o direito das mulheres, a repreensão sexual, música, moda e natureza, são transformações substanciais frutos desse período.

Referências
Disponível em: <http://compartilharhistoria.blogspot.com.br/2014/02/guerra-fria-e-as-revoltas-jovens-da_23.html>. Acessado em 18 Fev 2014.
.Disponível em: <http://historycontemporain.blogspot.com.br/2014/01/guerra-fria-e-as-revoltas-jovens.html>. Acessado em 18 Fev 2014.

A Amazônia na Guerra Fria: meio ambiente, desenvolvimento e soberania

       A Amazônia tem uma importância fundamental no cenário mundial tanto pelas vantagens econômicas da região, como pela necessidade de segurança, vital para qualquer esforço de integração regional. Ela desperta o desejo de adquirir privilégio: o controle político sobre o verde. Em outros países, o verde tornou-se sinal de status social.
           Em 1972, foi realizada a Conferência de Estocolmo com o objetivo de conscientizar a sociedade a melhorar a relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades da população presente sem comprometer as gerações futuras. O discurso ambiental da época gira em torno do conservacionismo, sendo muito confinados e restritos, reduzidos a um pequeno grupo da sociedade civil e de pessoas dentro da estrutura federal e estadual.
             Os grupos ambientalistas que crescem e se formam nessa época, sofrem influência de seus pares nos Estados Unidos e Europa, adotando um sistema de valores que representam um questionamento dos impactos da civilização urbano-industrial.
           O Brasil da década de 70 passava por um de seus maiores desenvolvimento econômico, crescendo a uma taxa de 10% ao ano, foi nesse momento que a Amazônia passou a ser alvo de tentativas de intervenções ambientalistas internacionais, sob o argumento de que era as mudanças climáticas na região que interferiam no clima do planeta.
       Nas últimas décadas, as forças armadas brasileiras intensificou sua presença na Amazônia. “De acordo com os militares, há tempos que a região é fruto da cobiça internacional por suas riquezas e recursos naturais”, diz a cientista política Adriana A. Marques. Em sua pesquisa de doutorado na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, a pesquisadora analisou o que a região representa aos militares brasileiros e a forma de intensificação da presença militar. Segundo ela, a partir da década de 1990, fica nítida a preocupação do Brasil com as fronteiras da Amazônia e com os países vizinhos localizados ao norte.
       Adriana lembra que a presença das forças armadas na região ficou mais nítida principalmente após o final da Guerra Fria, quando a grande ameaça era o comunismo, e o período inicial da redemocratização no Brasil. Foi justamente nesse momento que a presença das forças armadas ficou mais evidentes. “Vários outros eventos, como a Guerra das Malvinas, fizeram com que políticos e militares passassem a olhar com mais atenção para os países vizinhos. Entre Brasil e Argentina, por exemplo, houve algumas rivalidades”, conta, lembrando que, mais recentemente, “as atitudes dos governantes dos países fronteiriços daquela região também despertaram mais ainda a atenção para a Amazônia.”.
         A pesquisadora ressalta também que programas governamentais passaram a evidenciar a maior atenção à região. Ela cita como exemplo o Projeto Calha Norte. Idealizado em 1985 durante o governo Sarney, a iniciativa já previa a ocupação militar de uma faixa do território nacional situada ao norte da Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas. “Desde então, a transferência de unidades militares para a região tem sido constante. E há ainda planos de novas transferências”, conta Adriana. Ela lembra também do Projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), na década de 1990, que foi elaborado com a finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia.
                O discurso brasileiro na conferencial mundial pelo meio ambiente de Estocolmo foi um tanto embaraçoso. O governo brasileiro acreditava ser a questão ambiental um lastro nas ambições de países em desenvolvimento crescerem economicamente. 
             Assim o discurso ambientalista era visto no Brasil como um discurso reacionário. As agências governamentais ambientais criadas na época tinham um caráter muito mais de transpassar para as organizações internacionais e outras nações de que o Brasil estava engajado nas questões ambientais.
Projeto Calha Norte

               O Projeto Calha Norte é um programa de desenvolvimento e defesa da Região Norte do Brasil idealizado em 1985 durante o governo Sarney, já previa a ocupação militar de uma faixa do território nacional situada ao Norte da Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas. Atualmente, é subordinado ao Ministério da Defesa do Brasil, sendo instalado pelas Forças Armadas. O argumento usado para a Instalação desse projeto é "fortalecer a presença nacional" ao longo da fronteira amazônica, tida como ponto vulnerável do território nacional.
Projeto SIVAM

              O Sistema de Vigilância da Amazônia, ou SIVAM, é um projeto elaborado pelos órgãos de defesa do Brasil, com a finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia. Conta com uma parte civil, o Sistema de Proteção da Amazônia, ou SIPAM. Este projeto visa atender a um antigo anseio das forças armadas, cujo desejo era a presença das forças armadas brasileiras na Amazônia, com a finalidade de fazer frente às manifestações de líderes internacionais contra os direitos do povo brasileiro sobre esta região. Os sucessivos projetos de internacionalização da Amazônia fortaleceram esta percepção de ameaça sobre a soberania territorial da Amazônia Brasileira.
          Para fazer frente a este tipo de ameaça, as Forças Armadas, juntamente com pesquisadores civis da região Amazônica, propuseram a construção de uma ampla infraestrutura de apoio à vigilância aérea e comunicação na região amazônica. Como parte do projeto SIVAM, foi construída a infraestrutura necessária para suportar a fixação de enormes antenas de radar, sistemas de comunicação, bem como de modernas aparelhagens eletrônicas. Também faz parte desta infraestrutura a integração com o satélite brasileiro de sensoriamento remoto, que permite fiscalizar o desmatamento na Amazônia.

Referências
Disponível em: QUINTO, Antônio Carlos. Presença militar na Amazônia aumentou após guerra fria. Disponível em: <http://www.usp.br/agen/?p=1990>. Acessado em 10 de Fev 2014.
Disponível em: <http://www.geografiasocial.com/wp-content/uploads/2011/10/calha-norte.png>. Acessado em 10 de Fev 2014.
Disponível em: <http://www.frigoletto.com.br/GeoFis/Amazonia/Image9.jpg>. Acessado em 10 de Fev 2014.

A Descolonização Afro-Asiática e a revolta contra o Ocidente

               Olá caros leitores, preparados para mais uma viagem pela História Contemporânea? O tema dessa semana é Descolonização Afro-asiática, mas antes de embarcarmos nessa viagem. Você sabe o que é Descolonização? Descolonização é o processo pelo qual uma ou várias colônias adquirem ou recuperam a sua independência.


            O processo de descolonização Afro-asiática ganhou grande impulso após a Segunda Guerra Mundial, em parte devido ao declínio internacional de potências coloniais como a França e a Grã-Bretanha, em parte devido ao crescimento de movimentos de libertação nacional dentro das próprias colônias.
        Durante muito tempo, a soberania política foi um sonho para muitos dos povos localizados na África e na Ásia. Da segunda metade do século XIX até a década de 1950, vários povos estiveram subjugados às ditaduras politicas das ricas nações capitalistas. Mas com o passar do tempo, a expansão desse modelo econômico e a concorrência comercial viriam a colocar as chamadas nações imperialistas em guerra por cada precioso palmo dessas regiões durante as duas conhecidas guerras mundiais. 
           Após a Segunda Guerra Mundial, chega ao fim o período em que as principais potências econômicas do mundo buscavam assegurar seus interesses econômicos por meio da exploração de regiões africanas e asiáticas. Em linhas gerais, o enfraquecimento das nações europeias, agentes principais no processo de colonização de tais áreas, não permitia o uso dessa política, que depois de quase um século, foi responsável por conturbações e mortes em escalas nunca antes imaginadas.
           O abalo político e social após a Segunda Guerra Mundial se estabeleceu também nas regiões em processo de descolonização, pois o fim da guerra fria demarcava, na pratica, ó fim dos impérios coloniais. A partir de 1945, o ideal de independência dos povos colonizados transformou-se num fenômeno de massas, com o surgimento de vários países politicamente livres, que, no entanto mergulhou na dependência econômica, determinando o subdesenvolvimento, o terceiro-mundismo.


Alguns chefes de Estado e de Governo presentes na Conferência de Bandung jantando na Embaixada chinesa

           Conferência de Bandung foi a reunião de 27 países asiático e seis africanos em Bandung, na Indonésia, entre os dias 18 a 24 de Abril de 1955, com o objetivo de mapear o futuro de uma nova força política global, o Terceiro Mundo, visando a promoção da cooperação econômica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo, por parte dos Estados Unidos, da União Soviética.
           A maioria dos países participantes da conferência de Bandung vinham da difícil experiência da colonização, experimentando o domínio econômico, político e social, sendo os habitantes locais submetidos à discriminação racial em sua própria terra, parte da política de domínio europeia.
                A Conferência de Bandung primou pelo pioneirismo em tratar de assuntos inéditos à época, como a influência negativa dos países ricos em relação aos pobres e a prática de racismo como crime. Foi proposta a ideia de criar um Tribunal da Descolonização, que julgaria os responsáveis pela prática deste crime contra a humanidade, responsabilizando também os países colonialistas, significando ajudar a reconstruir os estragos deixados pelos antigos colonos no passado. Tal ideia, porém, foi abafada pelos países centrais, ou seja, aqueles mais influentes no cenário internacional.
            Outra importante ideia saída desta conferência é a concepção de Terceiro Mundo, além dos princípios básicos dos países não alinhados, o que se traduz em uma postura diplomática geopolítica de equidistância das duas superpotências. Assim, a "inspiração" para a implementação do movimento dos não alinhados surge nesta conferência, sendo que sua fundação se dará na Conferência de Belgrado de 1961. 
               Todos os países declararam-se socialistas nesta reunião, mas deixando claro que não iriam se alinhar ou sofrer influência da União Soviética. Num momento em que EUA e URSS lutavam abertamente pela conquista de influência em todos os países, o maior desafio do movimento não alinhado era manter-se fortemente unido ante as pressões dos grandes. Ao invés da tradicional visão de americanos e soviéticos de um conflito Leste-Oeste, a visão que predominava em Bandung era a do conflito norte-sul, onde as potências localizadas mais ao norte industrializado oprimiam constantemente e inibiam o desenvolvimento daquelas nações localizadas mais ao sul, exportadoras de produtos primários.


Referências



Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiag/descolonizacao-afroasiatica.htm>. Acessado em: 20 Jan 2014.
Disponível em: <http://profeshumberto.blogspot.com.br/2011/10/resumo-para-prova-descolonizacao-afro_17.html>. Acessado em: 20 Jan 2014.
Disponível em: <http://www.grupoescolar.com/a/b/C1FB6.jpg>. Acessado em: 20 Jan 2014.
Disponível em: <http://passapalavra.info/wp-content/uploads/2009/06/artigo-iv-8.jpg>. Acessado em: 20 Jan 2014

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Guerra Fria de Yalta a Honói

                  Olá caro leitores, estávamos ansiosas para mais uma viagem na história com vocês. O tema dessa semana é Guerra Fria de Yalta a Honói. Durante a discussão para elaborarmos este texto, recordamos que quando erramos mais jovens nos perguntávamos “Por que chama-se Guerra Fria?” e, logo nossa imaginação aflorava, como é bom sonhar não é verdade? Enfim, venha embarcar conosco nessa nova aventura. Estão preparados? Então, vamos lá!

            A Guerra Fria foi um período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos que teve início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética disputavam a hegemonia política, econômica e militar no mundo. Foi um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.
             A expressão Guerra Fria se deu porque se tratou de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra, porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. 
         A União Soviética queria implantar o sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. E quanto, aos Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. 
         Com o fim da Segunda Guerra o objetivo dos EUA foi reforçar o capitalismo, o presidente Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era um oferecimento de empréstimos com juros baixos e investimentos para que os países arrasados na Segunda Guerra Mundial pudessem se recuperar economicamente. A partir desta estratégia a União Soviética criou, em 1949, o Comecon, que era uma espécie de contestação ao Plano Marshall que impedia seus aliados socialistas se interessassem pelo favorecimento proposto pelo então inimigo político. 
                A Alemanha por sua vez, aderiu o Plano Marshall para se restabelecer o que fez com que a União Soviética bloqueasse todas as rotas terrestres que davam acesso a Berlim. Desta forma, a Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos, abastecia sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior insatisfação soviética e o que provocou a divisão da Alemanha em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental.

MURO DE BERLIM

             O Muro de Berlim era uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituída pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. 

FIM DA GUERRA FRIA E CONSEQUÊNCIAS 

A Guerra Fria começou a esfriar durante a década de 1980. Em 1989, a queda do muro de Berlim foi o ato simbólico que decretou o encerramento de décadas de disputas econômicas, ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado por Estados Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na sequência deste fato, ocorreu a reunificação da Alemanha (Ocidental com Oriental).


No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.